domingo, novembro 24, 2013

Religião: Consumo

Paris tem a Torre Eiffel, Nova Iorque tem o Empire State Buiding, Barcelona tem a Sagrada Familia, Roma tem o Coliseu e Lisboa tem... centro comerciais.
Sim, para muitos Portugueses, o centro comercial é um monumento, uma atracção turística, um ponto de interesse ou um santuário.
Há mais de uma década, eu tinha um namorado que nunca tinha ido a Cascais, por isso sugeri-lhe um passeio por lá. Ele é que ia a conduzir. E onde é que aquela abécula nos levou? Ao Cascaishopping!!! Que por acaso até é em Alcabideche.... mas não interessa... para aquela criatura, se alguém quer passear, há-que enfiar essa pessoa dentro dum centro comercial.
Mais recentemente, ouvi uma conversa em que duas pessoas falavam sobre uma localidade qualquer perto de Santarém. E uma delas pergunta:
- E por aquelas bandas, o que é que há de giro para se fazer?
Ao que a outra responde prontamente:
- Oh pá, tens um centro comercial que é o (disse o nome do dito que eu não me recordo).
Por acaso, quem questionou, não estava à espera que lhe sugerissem um centro comercial como forma de conhecer melhor uma localidade qualquer, e isso notou-se pela reacção que teve à resposta.
Ainda hoje, estava a contar as minhas férias a alguém que tinha vivido perto de Toronto durante a sua infãncia. Claro que não se recordava de quase nada mas, regressou lá aos 16 anos como turista, pelo que deduzi que já se recordaria da visita.
Surpreendentemente, só se lembrava do centro comercial. Ao que parece, foi guiada por um emigrante que não lhe mostrou muito mais que isso. Provavelmente também considera aquele centro comercial duma importância turística superior à CN Tower.
Isto ultrapassa-me. Ainda não fui ao Dolce Vita Tejo e não tenho vontade nenhuma de lá ir, mas quando aquilo abriu, lembro-me de ouvir muita gente comentar que lá tinho ido só para ver. Mas para ver o quê? É mais um centro comercial! Não é nada de surpreendente. Temos mais uma data deles! Demasiados!
Se quiserem derrubar os Jerónimos para construirem um Centro Comercial, acho que este pessoal não se chateava muito. Se calhar nunca entraram no Mosteiro dos Jerónimos mas assim que abrissem uma nova Catedral de consumo, fariam mais visitas durante um mês, que todas as que fizeram a todos os Monumentos nacionais, na vida inteira.

sábado, novembro 16, 2013

Os Srs. da Troika têm as suas próprias empresas...e são funerárias!

Depois de saber esta notícia:

Redução de salários na mesa da avaliação da troika - Especiais - DN

cheguei à conclusão que os srs. da Troika são todos sócios da mesma agência funerária. É a única justificação plausível para tamanha estupidez. Já temos uma média salarial miserável. Se reduzirem os salários vamos ter muita gente sem dinheiro para comer. Se não tiverem dinheiro nem para comer, certamente que não terão dinheiro para comprar nada. Se tivermos muitos tugas pelintras e sem dinheiro para gastar, como é que se vai estimular a economia nacional? Se não se estimular a economia nacional através da procura interna, as empresas não terão procura para que seja necessário produzir mais. Consequentemente, não vão gerar emprego e só quem tem emprego pode continuar a consumir e a pagar impostos.
O que vai acontecer é que o desemprego vai aumentar, o Governo terá mais despesas em prestações sociais, vai enfrentar potenciais manifestações com o descontentamento social a aumentar, e os trocos que vai amealhar por pagar salários inferiores, não compensará a receita fiscal que vai perder.
Não é preciso ser um génio para chegar a esta conclusão mas aquelas mentes brilhantes do FMI, do BCE e CE não concordam.
Mas como hoje até estou bem disposta, vou assumir que as 3 criaturas não são totalmente acéfalas. São só umbiguistas e estão a por os interesses pessoais, vulgo, o lucro da funerária, à frente de tudo o resto.

sábado, novembro 09, 2013

Bakery Outlet?

Em Toronto existem bakery outlets. Parece que não é um fenómeno exclusivamente canadiano mas não deixa de ser um conceito que me ultrapassa... O que é que vendem? Pão do dia anterior?!?


someecards.com - I'm not willing to pay more than 2 CAD for a fresh loaf of bread. It's an outrage. Give me a stale loaf of bread!

terça-feira, novembro 05, 2013

O machismo do dia-a-dia, parte II



Eh pá! Se o Luís Ferreira fosse Presidente e se convidasse a sua amante para ser chefe de gabinete... isso era de homem.
Agora ser subalterno duma fêmea?!?!?! O que é que interessa o herário público, o nepotismo ou a corrupção? Muito mais grave que isso tudo é um macho ser subalterno da sua companheira.
Daqui a bocado, estas gajas de queixo erguido, têm a distinta lata de pedir aos respectivos machos que passem no supermercado, façam o jantar ou estendam a roupa!
Um escândalo!

Ainda tenho alguma esperança que o comentário ao artigo tenha sido irónico...